"Celebriamo"

Qualquer que seja a altura do ano, em Veneza há sempre um ritual a surpreender quem está de passagem. Normalmente com cores e formas sumptuosas à mistura, o que combina bem com a beleza dos canais e o mistério das ruas.

Em 1797, Napoleão conquistou a “Sereníssima República” e, escandalizado com os excessos, baniu o Carnaval e outras festividades. No século XX, Mussolini fez o mesmo. A cidade devia mesmo gostar de festa!

Só nas últimas décadas recuperou o estatuto antigo com o revivalismo das tradições e juntou-lhe o prestígio da arte contemporânea.

Carnaval

Tirando a versão brasileira, o Carnaval na Praça de São Marcos é o mais famoso do mundo. Hoje sem os abusos do passado, mas ainda com um toque hedonista e cheio de teatralidade. Dura cerca de dez dias, no período que antecede a Páscoa.

As máscaras são as estrelas da festa. Milhões de pessoas chegam todos os anos a Veneza para assistir à Festa delle Marie, desfile de disfarces inspirados pela arte renascentista e barroca. A festa tem o ponto alto no extravagante Gran Ballo delle Maschere, num dos muitos palácios de Veneza, e qualquer pessoa com um disfarce pode participar.

Mesmo que não vá na altura do Carnaval, pode sempre comprar uma máscara típica. São várias as lojas que as vendem.

Festa della Sensa

Em tempos, este evento comemorado no Dia da Ascensão (40 dias após a Páscoa) foi o principal evento de Veneza.

Originalmente, comemoravam-se dois momentos históricos: o socorro prestado às populações da Dalmácia sob jugo eslavo no ano 1000 e o tratado de paz em 1117 que pôs fim ao conflito entre o Papado e o Sacro Império Romano-Germânico.

Hoje, apesar de já não ter o mesmo aparato, a Sensa continua a celebrar a união da cidade com o mar. As autoridades civis e religiosas da cidade navegam o percurso desde a Praça de São Marcos ao porto S. Nicolò, numa espetacular parada de barcos.

 

Festa del Redentore

O terceiro fim de semana de julho está reservado para outro momento de significado histórico: uma homenagem às vítimas da peste na cidade em 1576 e que motivou a construção da igreja Il Redentore.

No Sábado os venezianos enfeitam as casas e as gôndolas. Ao pôr do sol, perto da Basílica de São Marcos, reúnem-se várias embarcações repletas de pessoas. E à noite, dá-se o grande espetáculo de fogo de artifício. O Domingo é dedicado a celebrações religiosas.

 

Regata Storica

A época das regatas começa em abril, mas é na primeira semana de setembro que os barcos voltam a sair às águas com toda a pompa.

Esta procissão colorida de gôndolas e gondoleiros à século XVI é uma reconstrução do passado glorioso de Veneza como república marítima — e uma visão única. Precede as corridas, praticadas em Veneza pelo menos desde 1315. A mais popular é Campioni su Gondolini, competição das gôndolas pequenas e rápidas que “voam” pelos canais!

Bienal

De dois em dois anos, a Bienal de Veneza monta os seus pavilhões nos jardins Giardini e recebe os trabalhos de artistas de todo o mundo. 

Teve a primeira edição em 1895, quando era apenas uma feira e mercado dedicado só a italianos. Ao longo do século XX, internacionalizou-se e tornou-se um foco das novas tendências, sendo hoje uma das exposições essenciais dedicadas às artes plásticas, cinema, teatro, dança, música e arquitetura.


Festival de Cinema de Veneza

Atualmente inserida na Bienal, esta é uma festa à parte e acontece todos os anos. Se os franceses têm a Palma de Ouro em Cannes, os italianos orgulham-se do prestigiado Leão de Ouro em Veneza.

Um dos mais importantes a nível mundial, é também o mais antigo do seu género: a primeira edição foi 1932. Com o crescente relevo nas últimas décadas, hoje recebe grandes estrelas internacionais

Tem lugar na ilha de Lido, com sessões de visionamento no histórico Palazzo del Cinema e outras salas nas redondezas.

Celebremos!

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