Desde a Idade Média que os madrilenos têm o epíteto de "gatos", mas esta alcunha nunca fez tanto sentido como hoje: esta é verdadeiramente uma cidade que nunca dorme, mas este cliché, muito aplicado em outras paragens, ganha aqui outra dimensão.
Um pouco de história
Os hábitos madrilenos de vida noturna têm origens variadas. Uma das causas principais é o clima, com invernos relativamente amenos e verões escaldantes. O calor ajudou a sedimentar o famoso costume da siesta a meio da tarde, que retempera as energias para o fim do dia. Muitos dos habitantes de Madrid fazem à noite aquilo que não puderam fazer durante o dia por causa do calor!
Por outro lado, a capital espanhola descobriu a moderna vida noturna a partir da década de 1980: o fim da ditadura franquista, a abertura do país a novas ideias e tendências e a integração europeia transformaram Madrid numa cidade ativa e cosmopolita, chamariz para artistas, cineastas, músicos e boémios. Os locais de diversão noturna cresceram como cogumelos. Era o início da famosa Movida.